CACILDA DOS SANTOS LOUREIRO
( BRASIL – SÃO PAULO )
Pirituba, São Paulo.
ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA 1995. Organizador : Laís Costa Velho. Rio de Janeiro: CODPOE – Cooperativa de Poetas e Escritores, 1995. 116 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
TUDO ERRADO
Por que amar?
Tudo errado
De repente surgiu
Floriu
Este coração ingrato
não se cansou ainda?
Meu amor é imenso
nem ele suporta
vai transbordar
encher todo meu ser
deste sofrimento cruel.
Quem sou eu? Apenas alguém
“Uma flor”
Que um dia desabrochou,
amou e murchou.
Veio o sol, o vento e a queimou
Já há muito em meio a uma estrada
Toda decorada
Foi cruelmente abandonada...
Oh! Não tentei a mim mesma
“Gritar”
Minha alma sofrida, voou
Com o tempo em busca de “alento” no amor
encantado
Mas não encontrou:
Atravessou florestas, terra, mares
e mais terras e de tão
“Cansada”
Na sombra de uma velha “árvore”
para sempre adormeceu.
COMO EU GOSTARIA DE TER ASAS PARA VOAR
Há! Como eu gostaria de ter asas para voar,
ver o mundo de outra maneira,
só as belezas contemplar!
Competir com o vento,
não ter que marcar o tempo
Voando, voando sem parar.
Deixando para trás, as tristezas:
Toda a mágoa, toda dor,
pousar sobre as nuvens,
sorrir, sorrir em vez de chorar!
Plantar só flor no lugar de espinhos.
Semearia perfume,
para toda a terra perfumar,
regaria a terra, com rosas,
poria sorrisos nos rostos das crianças!
Aos velhos, eu daria juventude,
extinguiria da terra, toda doença,
a morte eu trancaria a ferros
no mais profundo poço,
sem nunca mais a libertar!
A malícia? Transformaria em pureza,
Queria ser um anjo!
para tudo aqui em paraíso — transformar!
Há! Como eu gostaria de ter asas para voar...
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Página publicada em julho de 2023
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